quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Praga

Despreza a felicidade alheia,
destrói todos os sonhos,
como castelos de areia.

Essa criatura maligna,
rude, antipática e cruel
está sempre presente
e não há escarcéu.

Para encontrá-la,
faça o que eu digo:
pegue um espelho
e eis seu inimigo

Viver

Não sei se posso dizer que estou vivo
Meu corpo se movimenta
Mas me sinto inativo

Minha mente longe de mim
Meus pensamentos tiveram fim

Não sei mesmo o que sou
Uma inércia ambulante
Um mero ser errante

Não há como classificar
Um ser que no viver tem o seu pesar

Predestinação

As amizades se esgotam, o amor se esvazia. Simplesmente é assim. Por mais que você ame e admire aquela pessoa, o tempo os afastará ou você enjoará de tanto amar. Talvez nem seja você que enjoe. Pode ser a outra pessoa. A culpa não é de nenhum dos dois. Simplesmente está escrito. Não por vocês. Você é um mero personagem da sua vida.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Sorriso

Sorrisos por toda a parte. Espontânea e desnecessária demonstração de felicidade. Ou demonstração de falsidade? Será que é preciso mesmo esquecer todos os problemas e seguir em frente, sorrindo? Nos momentos de fraqueza, sorrir para esconder. Nos momentos de glória, sorrir para agradecer. Nos momentos de paixão, sorrir para compadecer. Sorrir para sorrir. Não importa para quê. O sorriso sempre representa algo. Representa a timidez, representa a alegria, representa a compaixão, representa a sabedoria. Um simples sorriso pode nos levar a construir toda uma imagem de uma pessoa. O que não sabemos é o que se esconde atrás daquele sorriso. Todo o sofrimento. Toda a dor. Toda a angústia. Tudo escondido por um simples, tudo escondido por um meigo, tudo escondido por um agradável sorriso.

O FIM

Assim acaba
Assim finaliza
Repentinamente,
Subitamente,
Como o vento,
Como a brisa.

Não há mais o que dizer
Não há mais como negar
Só me resta a história encerrar.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Hiperbolismo

Meu sofrimento é uma hipérbole
Meu amor, imensidão
Pequenas desventuras
sofrem grande ampliação
Tantos sentimentos,
um só coração.

Com o meu amar,
o que fazer?
Como desviar
meus pensamentos de você?

E quando enganei,
iludi ou decepcionei.
Como me desculpar?
É grande o lastimar

E o que resta,
depois da desilusão.
o pedido de perdão

Não implorarei.
não suplicarei.

Difícil saber
com quem posso contar.
Se nem eu mesmo
Consigo me perdoar.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Coerção

A sociedade
Só sabe coibir
Os indivíduos
Só pensam em fugir

Não resta o que fazer
Senão enlouquecer
Loucura indesejada
Vida regulamentada

Quebrar os padrões
É illegal
Viver como quer
É irreal

Utopia cobiçada
Liberdade privada
Mas que existência
Artificial!

domingo, 24 de abril de 2011

O surpreendente Paul Giamatti e as críticas de Wes Craven

Ao entrar na sala de cinema para ver o pouco anunciado filme “Minha Versão para o Amor” , esperava presenciar uma comédia bem boba, como todas as que até então tinha visto com Paul Giamatti. Me surpreendi. Com uma atuação digna de Óscar, o norte-americano desempenha o papel de Barney, um diretor de programas de comédia de baixo nível, em suas diversas fases de vida. Giamatti foi incrivelmente convincente: desde jovem até idoso, conseguiu mostrar ao espectador todo sentimento, toda angústia que a personagem principal sentia.


Difícil classificar um filme maravilhoso como este, bom como poucos que vi até hoje. O que começa com uma dose de comédia, nas atrapalhadas aventuras amorosas de Barney, se torna uma bonita história de romance para, por fim, terminar em um triste e comovente drama. Assim como é nossa vida: tem fases de extrema alegria e fases de decepções, desilusões.


Elogiar a maquiagem do filme, que concorreu ao Óscar, preterida pelo péssimo “O Lobisomem”, é fundamental. O casal principal é mostrado em suas mais diversas partes da vida, precisando, assim, de uma perfeição neste quesito. Tal perfeição foi alcançada, sempre favorecida pelas magníficas atuações. A grande lástima é que o filme só tenha concorrido ao maior prêmio do cinema nessa categoria. Na minha opinião, Paul Giamatti era o único que podia brigar igualmente com Colin Firth na disputa por melhor ator. Não concorreu devido aos evidentes interesses da Academia em favorecer atores de renome.


Finalizado o comentário sobre “Minha Versão para o Amor”, me sinto na obrigação de comentar também sobre “Pânico 4”, outro filme que vi neste feriado. Sim, é uma “besteira”, mas uma “besteira” divertidíssima e com críticas, ora cuidadosamente, ora descaradamente, encaixadas pelo diretor Wes Craven.


Além das críticas claramente feitas a “Jogos Mortais” e aos filmes “trash” do texano Robert Rodriguez, o filme inteiro se trata de uma enorme crítica. Os “nerds” do “Clube do Cinema” fazem críticas, durante boa parte do filme, às refilmagens, dizendo, direta ou indiretamente, que não superam os originais. Wes Craven queria, assim, criticar àqueles que refilmaram filmes originalmente dirigidos e escritos por ele. Tal crítica se torna evidente quando a personagem Kirby, fanática do gênero horror, é questionada sobre refilmagens e, em sua resposta, incluí alguns originais de Craven, como “A última casa” e “A hora do pesadelo”.


Apesar de se tratar de um filme bem “teen” e com fraco enredo, “Pânico 4” diverte devido ao uso de clichês na medida certa, às reviravoltas engraçadas e às críticas bem-feitas pelo ousado diretor. Supera os originais e é uma boa pedida na categoria “cinema-pipoca”.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Rotina

Estou preso.
Impossível fugir.
Só penso em desistir.

Esta vida rotineira
eu vivo de qualquer maneira.

Sociedade regulamentada
Liberdade privada
Amizade ultrapassada.

Esta rotina
eu quero destruir.

O efeito do tempo
tornou indesejada
a vida outrora tão adorada.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Dilema

Já fui feliz graças a você.
Já sorri graças a você.
Transformava tudo em perfeição
quando você curou minha solidão.

Ó, estranho ser,
que diz que me ama e me faz sofrer,
será que consigo te esquecer?

Saiu de minha vida
sem nenhuma explicação.
Atitude refletida
ou mera indecisão?

E agora, o que farei?
Moverei montanhas
ou apenas me renderei?

quarta-feira, 16 de março de 2011

Angústia

Angústia. Isso é o que eu sinto agora. Falta algo na minha vida. Algo que está plenamente ao meu alcance, mas que eu reluto em não alcançar. Não intencionalmente, mas sim por estar sobrecarregado. Muitos conhecimentos são exigidos de mim, mas nenhum deles me ensina a conciliar o tempo ocupado por todos com o tempo que as pessoas que realmente me fazem feliz merecem. Estas merecem muito tempo. Merecem todo o amor que posso dar. Mais que isso. Merecem se sentirem especiais. Elas são, porém meus modos de demonstrar isso estão confusos neste momento. Uma fase da vida que raras são as oportunidades para pensar e, quando surgem antes de dormir, ocupam minha sobrecarregada mente com preocupações e angústias. Todos precisamos de amor. Até mesmo de dor. Mas, em algumas épocas, só mostram-se presentes a nós a exaustidão e a culpa. Culpa por todo o bem que deixamos de fazer. Deixamos de fazê-lo devido ao cansado provocado pelas exigências de nosso dia-a-dia. Mais difícil que quebrar a rotina é conviver com ela.

Pessoas

Não existem pessoas certas e pessoas erradas. Diferentes pessoas nos fazem felizes de diferentes maneiras. Cada qual de seu jeito especial. Achamos que buscamos uma "alma gêmea", mas aquela pessoa que mais nos satisfaz é o nosso oposto. Lei da Química, os opostos se atraem? Não. "Lei" da vida. Vivendo e aprendendo. Mesmo que uma pessoa não tenha nada em comum conosco, ela pode ser a que nos mais faz feliz. Às vezes, quem mais amamos tem também muito em comum com a gente. A rotina poderá nos cansar dessa pessoa. Ou não. Ela poderá revelar que não era quem pensávamos que fosse com o decorrer do tempo. Ou não. Certas respostas só adquirimos com a vivência, com a experiência. Sempre é válido correr riscos quando os benefícios alcançados superam os malefícios provenientes do fracasso. E, mesmo em situação negativa, devemos reerguer-nos e tentarmos novamente. Sempre em busca de um bem maior: a plena felicidade.

domingo, 13 de março de 2011

Mente

A sua mente é poderosa. Capaz de enganar-te, de trair-te. Tema-a. Tema-a muito. A perspectiva criada por ela sobre o que está ao seu redor pode não ser real. Você pode viver em um mundo diferente do dos outros. O mundo da sua imaginação. Tudo o que você acredita pode ser uma farsa. Tenha medo de si mesmo. Mais do que de qualquer um. Só você pode provocar seu fracasso, sua infelicidade. Os outros são apenas influências. Você é influenciável? Todos somos. Em graus diferentes, mas somos. Tema a mente. A mente que mente. Você irá enganar-se várias vezes, querendo ou não e tudo que vai restar será a decepção.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Vida Cíclica

Aprendi que não podemos confiar sempre nos nossos amigos. Os verdadeiros normalmente são os que nós damos menos atenção, mas estão sempre dispostos a ajudar-nos em situações difíceis. Aprendi que a vida é um ciclo. Sempre traçamos metas e, quando as alcançamos, buscamos novas. Qual é o objetivo de tudo isso? Ninguém sabe, ninguém saberá. O que importa é aproveitar ao máximo o tempo que nos resta, sem preocupações, sem desânimo. Acreditar em si mesmo é essencial para enfrentarmos a duríssima batalha da vida com menos decepções e sofrimentos. Não os evitaremos, porém teremos sempre a confiança de que podemos, conseguimos enfrentá-los e, mais que isso, superá-los.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Pensamentos e atitudes

Difícil agir conforme pensamos. Impossível não pensar na maneira como agimos. O arrependimento pode surgir, porém nada podemos fazer a respeito. Todos nossos ideais, o que acreditamos ou deixamos de acreditar, podem ser destruídos com apenas uma atitude. Uma simples atitude. Isto pode bastar para que o modo de vida que acreditamos e que buscamos não seja verdadeiro. Se não é verdadeiro para aqueles que o tentam seguir, para quem será? Contrariamos nossos princípios. Contrariando, os mudamos. Às vezes não. Mantemos os mesmos pensamentos, mas apenas os pensamentos. As atitudes estão em eterna mudança. Agimos por impulso. Muitas vezes não pensamos no que fazemos ou no que estamos prestes a fazer. O problema é que, na vida, não temos como apertar o botão de voltar. Devemos enfrentar as consequências, o quão drásticas elas sejam. Aí está o diferencial em uma pessoa honesta, verdadeira: aquela que assume seus erros e enfrenta as decorrências deles.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Leve e divertido, “O discurso do rei” é o favorito ao Oscar

Vou admitir que, dentre os concorrenter à categoria de melhor filme, apenas vi “A origem”, “O discurso do rei”, “A rede social”, “Toy Story 3” e “Inverno da alma”. A ficção citada primeiramente, apesar de excelente e inteligente, não é o tipo de filme que a Academia costuma premiar. O favorito mesmo é a história sobre o rei que caguejava e como ele foi auxiliado por um desconhecido doutor para poder executar com perfeição os seus discursos em um país que a figura monárquica serve apenas para representar o povo e estabelecer uma comunicação com o mesmo, uma vez que o governo cabe ao primeiro-ministro. Portanto, é essencial que o personagem interpretado por Colin Firth, favorito a “Melhor Ator”, tenha uma boa dicção. Com a indicação de sua mulher, representada pela exótica Helena Bonham Carter, ele vai a um profissional que o ajuda a superar seu problema e representar muito bem o povo inglês em seus discursos.


Brevemente comentarei sobre os três outros filmes que vi: a animação “A Rede Social” vale a pipoca, porém não tem a mesma intensidade do citado anteriormente; “Toy Story 3” é divertidíssima como todas da série e o drama “Inverno da alma”, que mostra a história de uma jovem que procura seu pai, dado como morto, porque, caso ele não seja encontrado, ela perderá sua casa, que foi deixada como garantia da fiança. é um bom filme, porém não acho que merecia uma indicação. Vale lembrar que o nível de filmes concorrentes ao maior prêmio do cinema decaiu muito nos últimos anos. Em 2009, tínhamos uma grande quantidade de filmes excelentes, como “Gran Torino”, “A Troca”, “O Curioso Caso de Benjamin Button”, “Dúvida”, entre outros. Este ano temos bons filmes, porém nenhum excepcional. Resta saber se “Cisne Negro”, “O Vencedor”, “Minhas mães e o meu pai” e “Bravura indômita” o são. Tenho uma grande expectativa em relação ao primeiro. Os outros podem me surpreender.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Penas e fofoca

Texto retirado do filme Dúvida (Doubt, 2008), estrelado por Meryl Street e Philip Seymour Hoffman. O segundo, atuando como um padre, discursa o seguinte sermão durante uma das missas, que gostei muito e desejo compartilhar com vocês:


"Uma mulher estava fazendo fofoca com uma amiga sobre um homem que ela mal conhecia. Sei que nenhum de vocês jamais fez isso... Naquela noite ela teve um sonho. Uma grande mão apareceu sobre ela e a apontou para baixo. Ela foi imediatamente apreendida com um esmagador sentimento de culpa.
No dia seguinte ela foi para a confissão. Ela falou com o velho padre, Padre O'Rourke, e ela contou a história toda. "Fofoca é um pecado?" Perguntou ao velho padre. "Foi à mão de Deus Todo Poderoso apontando um dedo em mim? " "Devo ficar pedindo a sua absolvição..."Padre, me diga, eu fiz algo errado? "
"Sim!"Padre O'Rourke responde para ela. "Sim, sua ignorante, feminina que eleva o mal. Tem feito falso testemunho contra seu vizinho! Tem jogado rápido e solto com a sua reputação, e deve se sentir duramente envergonhada!"
Então a mulher disse que lamentava e pediu perdão.
"Não tão rápido!", diz o Padre O'Rourke. "Eu quero que vá para casa, pegue um travesseiro eleve-o até seu telhado, corte-o abrindo-o com uma faca, e volte aqui! "
Então a mulher foi para casa, pegou um travesseiro de cima da cama, uma faca da gaveta, subiu a escada de incêndio até o telhado, e esfaqueou o travesseiro. Então, ela voltou para o velho padre da paróquia como a havia instruído.
"Você pegou o travesseiro com a faca?", diz ele.
"Sim, Padre."
"E qual foi o resultado?" "Plumas, disse ela."
"Plumas"? Ele repetiu.
"Plumas em todos os lugares, Padre!"
"Agora eu quero que volte e reúna todas, até as últimas plumas que voou para fora com o vento!"
"Bem", disse ela, não pode ser feito. Eu não sei aonde elas foram. O vento levou-as para todos os lados."
"E isso", disse o Padre O'Rourke, "é fofoca!"

domingo, 16 de janeiro de 2011

Mais um no mundo

Pra sermos felizes na vida, temos que aceitar tudo exatamente do jeito que é e não questionarmos? Nos últimos dias, tenho pensado seriamente sobre isso. Aqueles que apenas pensam em viver, não se preocupam no modo como farão isso e nem o motivo de as coisas acontecerem, estão sempre sorrindo, aproveitando, sem tempo para questionamentos. Já os que pensam na razão de ser de tudo e refletem sobre o que está acontecendo ao seu redor, se preocupam demasiadamente. Com tudo e com todos. Por um lado, isso é ruim pois impede que a felicidade e alegria estejam sempre presentes nessa pessoa. Por outro, é ótimo, porque percebe a realidade, tenta adaptá-la para o modo como mais a agrada, planeja uma vida ideal e, tentando cumprí-la, acaba se decepcionando. Acabamos terminando com a tristeza de novo. Concluo que se preocupar demais acaba trazendo a infelicidade, de um modo e de outro, por percebermos que nem tudo é do modo que gostaríamos que fosse e que nem sempre tomamos aquelas decisões que gostaríamos de ter tomado e, mesmo querendo mudar, algumas coisas são imutáveis. Resta pensarmos. Resta a felicidade incompleta.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Eterna procura

Tudo bem? Não. Já tive dias melhores. Dias que a inocência e a ilusão proveniente dela me permitiam acreditar em amor verdadeiro, em um final feliz, em sucesso na vida. Quase impossível conseguir todos. Quem os consegue, pode se considerar feliz por inteiro. Aos outros, resta a eterna busca do que consideram essencial, que dá sentido à vida. Mesmo conseguindo, podem sofrer posteriormente, cansar da rotina, perceber que tudo que alcançaram não os faz mais feliz por completo. Neste caso, restam duas opções, ambas um tanto desagradáveis: o conformismo e a eterna procura por um sentido na vida, pela felicidade plena.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Amnésia

O que você faria se não conseguisse lembrar nem do que aconteceu há poucos segundos? No filme “Amnésia”, estrelado por Guy Pearce, o protagonista tira foto de todos que conhece e faz anotações para vê-las e lembrar. O personagem Teddy Gammell recebe a anotação “Don’t believe his lies” (“Não acredite em suas mentiras”). Reflita. Se você sofresse de amnésia e tivesse que escrever coisas a respeito de seus amigos agora, para quantas pessoas você escreveria para não acreditar nas mentiras? Para quantas você escreveria para ser sempre amável? Para quantas você escreveria que já se decepcionou? Talvez sem lembrar do que ocorreu, apenas à base de anotações, você confiasse mais nelas do que em si mesmo e não repetisse os mesmos erros.

Confiança

A vida me ensinou que acreditar em uma pessoa, confiar a ela todos seus segredos, sentir que é único e especial é errado. A maioria das pessoas mudam quando o interesse delas em você acaba. Às vezes você era o companheiro de festas, às vezes o companheiro de depressão, às vezes o companheiro que melhorava a auto-estima com elogios, às vezes o companheiro amoroso. Não importa o que você significava. Você era especial. Especial não por quem você era, mas sim por o que você representava àquela época. E, a partir do momento que não representa mais, tudo se acaba: o carinho, a confiança, a amizade. O que restam são as memórias. Memórias de uma época que você nunca quis que acabasse.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Dor existencial

Qual é o motivo de cada um de nós existirmos e estarmos aqui neste exato momento? Essa é uma das perguntas que nunca será respondida em nossa vida, não importa o que façamos para tentar respondê-la. Surgirão várias teorias, mas nada será “certo” em consenso. A única verdade absoluta é que estamos todos aqui e devemos aproveitar a vida que nos foi dada, porque não sabemos se haverá outra ou, se nesta mesma, haverá mais muito tempo para viver. Tudo pode acontecer durante nossa existência. Pode parecer hipocrisia, e é, mas faça o que você mais gosta sempre, não se importe com a opinião dos outros, viva a sua vida do seu jeito, do jeito que você quer e sempre quis. Aproveite cada segundo porque nunca se sabe qual será o último.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Amor

Uma coisa que eu penso e sempre pensei é que palavras abstratas tem um significado diferente para cada um. Uma delas é o amor. O que é amor para você pode não o ser para mim. Não temos como definir o amor. Não há uma frase, um texto, uma palavra que explique. Há um sentimento que toma conta de nós e simplesmente nos faz amar. Como já disse Carlos Drummond de Andrade, “se você sabe explicar o que sente, não ama, pois o amor foge de todas as explicações possíveis”. Amor. Uma palavra tão banalizada no século XXI, no qual todos afirmam estar amando todos, como se o mundo fosse perfeito assim. Pena que não é. É um mundo repleto de ódio, preconceito, desigualdade e, em uma palavra bonita como “amor” encontramos o consolo. Pena que seu significado está banalizado, porque o amor verdadeiro não precisa ser anunciado ao mundo. Ele reside no coração de cada um de nós.

Pensamentos da noite

Aquele momento, antes de dormir, que paramos e revemos nosso dia. Pensamos nas nossas atitudes, pensamos no que é certo e no que é errado, pensamos no que poderíamos ter feito diferente. Aquele momento, posterior a tudo, quando não podemos mudar nada e mesmo assim nos lamentamos, ou nos orgulhamos da decisão correta. Mais provável o lamento. Com apenas com sentimentos agradáveis na cabeça, dormir é mais fácil. Caso contrário, aquele momento se estende e, quando vamos olhar no relógio, está de madrugada. Viramos a noite porque pensamentos não saem da nossa cabeça. Pensamentos estes de um passado que nunca, nunca mesmo, poderemos alterar.