Existe, nas profundezas do imaginário,
Uma criatura
que teima em chamar-me otário.
É um fantasma, infeliz e errante,
Que me acorda, pede que com ele eu cante.
Cante a minha infelicidade, minha tristeza
Cante a destruição de minha natureza.
Ele me assombra
Desapareço
Ele some
Logo esqueço
Ele reaparece
Estremeço.
À noite, quando me ponho a deitar,
Só peço ao fantasma para não me perturbar.
Ele não me obedece
Torna a reaparecer
E quando penso que some
É porque estou a morrer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário