quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Depressão

Texto que me rendeu um lugar no blog do professor Miguel Abrahão, de História (www.mm.abrahao.zip.net)

A garganta seca. As lágrimas escorrendo. Uma angústia profunda que se mistura a um sentimento de inconformismo e decepção. Tudo isso tem motivo? Muitas vezes sim. Na adolescência, é comum não o ter. Às vezes, os motivos permanecem ocultos por um tempo e se manifestam através de pequenas decepções, que só serviram de acúmulo, o que faz parecer a reação da pessoa desproporcional. Outras vezes, somos desproporcionais mesmo. Ou melhor, desproporcionais não, somos proporcionais, mas não à expectativa dos outros, mas ao nosso sentimento. Algo banal no consenso pode não o ser para nós. Podemos dar uma importância grande demais a coisas que não a merecem, ou merecem, porque internamente nos fazem bem. Não criemos expectativas, porque agora ou posteriormente resultarão em uma decepção. Nenhuma pessoa é perfeita nem imutável. Elas sempre nos decepcionarão, mesmo que involuntariamente. Devemos sempre superar tudo isso e viver nossa vida. Lamentar não adianta. Não podemos mudar os fatos, nem descobrir a verdade, quando não a presenciamos. Somos obrigados a acreditar na perspectiva criada por aqueles que a presenciaram. Muitas vezes, ela está errada e morremos sem saber. Outras vezes, sabemos da verdade e nos recusamos a acreditar, ou ficamos eternamente em dúvida. Tudo isso faz parte da vida. A tão complicada vida, onde tudo tem suas vertentes no nosso imaginário, confuso e embaçado.

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